quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Vida de Maria

<iframe width="560" height="315" src="http://embed.videolog.tv/v/index.php?id_video=717870&related=&hd=&color1=&color2=&color3=&slideshow=&config_url=&" scrolling="no" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen></iframe><p><a href="http://www.videolog.tv/video.php?id=717870" target="_blank">vida maria</a> por <a href="http://www.videolog.tv/tradicaonegocios" target="_blank">tradicaonegocios</a>  no <a href="http://www.videolog.tv" target="_blank">Videolog.tv</a>.</p>

domingo, 29 de julho de 2012

Sugestão de Atividade com Hipertexto


Música: Navegar em mim – Paula Fernandes
Plano de Aula
Planejando com hipertexto

1- Identificação
1.1- Professor responsável: Elias Gonçalves Quintão
1.2- Disciplina: Língua Portuguesa
1.3- Conteúdo: Música usando hipertexto
1.4- Séries: EF – Ciclo II

2- Tema: Analisando a música usando o hipertexto

3- Objetivo geral: ouvir, ler, compreender e interpretar o sentido geral do texto.

4- Objetivos específicos:
4.1- Entender a música, considerando as possíveis interpretações do termo:
navegar em mim”;

4.2- Pesquisar na internet através dos links sugeridos na letra da música;
4.3- Construir um painel sistematizando o conteúdo trabalhado.

5- Desenvolvimento e atividades:
Navegar Em Mim


Assinando o fim
Eu lamento tanto
Palavras perdidas
Sensações vividas

Eu anulo em mim
A promessa feita
Eu desfaço o sonho
De amor por toda vida

Foi engano achar que você me amou
Afinal de amor você não sabe nada
Foi um erro aceitar o seu gesto de amor
No final a dor me fez sua morada

Alguém pra me amar
Precisa me aceitar
Assim como eu sou
Imperfeita, amor

Quem quiser me amar
Precisa ter o dom
Bem mais que seduzir
Navegar em mim

Navegar em mim
Navegar em mim

5.1- Apresentação da música;
5.2- Reflexão e discussão oral;
5.3- Apresentação das palavras com links;
5.4- Estudo do sentido dicionarizado de algumas palavras e do sentido empregado de acordo com o contexto da música.

6- Recursos:
6.1- Computador ou Sala de informática;
6.2- Acesso à Internet;
6.3- Data Show;
6.4- Lousa, giz e material do aluno.

7- Avaliação
7.1- A avaliação será contínua, levando em consideração a participação de cada aluno durante as aulas.

Elias

quinta-feira, 19 de julho de 2012

REFLEXÃO

"O Poder do Entusiasmo"

Entusiasmo é acreditar na nossa capacidade de fazer as coisas acontecerem, de darem certo, de transformar a natureza e as pessoas.

Não espere ter as condições ideais para se entusiasmar.

Nós é que temos que transformar a nossa vida numa Vida Entusiástica.

Não é a realidade da vida que tem que nos entusiasmar, nós é que temos que entusiasmar a realidade da nossa vida! Nós é que temos que entusiasmar nossas ideias...

"DICAS PARA SE VIVER ENTUSIASTICAMENTE"

1- Afaste-se das pessoas e dos fatos negadores e negativos. Se você se deixar envolver por um ambiente negativo, você vai se transformar numa pessoa negativa.

2- Acredite nos seus "insights" positivos. Os vencedores são aqueles que acreditam nas suas ideias.

3 - Não reclame constantemente. Quando a gente reclama muito, se habitua a reclamar cada vez mais e acaba se transformando numa pessoa azeda. É insuportável conviver com pessoas que só vivem se queixando!

4- Cultive a alegria e o bom humor... Aprenda a sorrir! Terapia do Riso: Habituar-se a sorrir, a achar graça de si mesmo. O sorriso tem um efeito poderoso em nossa vida; as pessoas que zombam dos próprios erros são mais felizes e mais fortes.

5- Ilumine seu ambiente de trabalho e da sua casa. A escuridão traz a depressão! O ambiente determina a condição funcional em que as pessoas agem e fazem as coisas ocorrerem.

6- Seja alguém disposto a colaborar com os outros. Sempre ache uma maneira de participar! Traga as pessoas mais próximas de você. Participe, converse com as pessoas com as quais convive, interesse-se pelas pessoas à sua volta!

7 - Surpreenda as pessoas com "momentos mágicos". Contagie os outros... Faça com que ao entrar num ambiente, as pessoas se contagiem com a aura de entusiasmo que envolve você!

8 - Faça tudo com sentimento de perfeição. Faça as coisas com vontade de fazer! Não faça nada pela metade! Faça as coisas com desejo de acertar e de criar o mais correto possível! Ande bem vestido, limpo e perfumado. Tenha orgulho da sua imagem.


9 - Mantenha a autoestima! É fundamental para o Entusiasmo.

10 - Aja prontamente. Faça agora! "DO IT NOW" Não postergue, não deixe para amanhã. Quando tiver alguma coisa para fazer, faça imediatamente. Sentiu que é o momento certo?

- Aja! ! !

"ENTUSIASMO SIGNIFICA TER DEUS DENTRO DE SI."

Descubra o entusiasmo na Vida! Seja capaz de transformar as coisas e fazê-las acontecer. Não espere as condições ideais, faça o Entusiasmo ocorrer pela crença de que você é capaz de realizações eficazes e de... VENCER OBSTÁCULOS!!!

Autor desconhecido

segunda-feira, 4 de junho de 2012

DOUBLETs


Doublets é uma brincadeira inventada por Lewis Carroll, matemático e autor de Alice no País das Maravilhas, entre outras obras.

O objetivo é partir de uma palavra e chegar a outra, mudando uma letra por vez, desde que a mudança gere uma palavra da língua portuguesa (ou da língua na qual se está brincando).
Ambas as palavras devem conter o mesmo número de letras. Veja os exemplos abaixo:

EXEMPLOS DE DOUBLETS
bom para mal
vida para bela
CÉU para MAR
fogo para gelo
bom
som
sol
sal
mal
mau

vida
vila
vela
bela

céu
cem
com
cor
dor
dar
mar
Fogo
Foco
Soco
Seco
Selo
Gelo

fanta para folha
sol para lua,
longe  para perto

fanta
falta
falha
folha
Sol
Sul
Sua
Lua

longe
monge
monte
ponte
ponto
porto
perto
nada
nata
nota
tota
toda
todo
Tudo

Faça você Doublets a seguir:

  1. tem - voz
  2. sou - lei
  3. fim - sós
  4. meu - gol
  5. tem - cor
  6. três - amar
  7. sete - vida
  8. cabe - tudo
  9. perco - calma
  10. seis - sete
  11. sete - vela
  12. mundo - louco


Doublet de "tem" para "voz": tem vem vez voz

Doublet de "sou" para "lei": sou seu sei lei

Doublet de "fim" para "sós": fim sim som sós

Doublet de "meu" para "gol": meu mel gel gol

Doublet de "tem" para "cor": tem tom com cor

 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

CONTRA A FOME E A MISÉRIA

 

O nosso inesquecível sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, falecido em 1993, é um dos nossos heróis na luta pela cidadania, na liderança de um movimento contra a exclusão, contra a fome. Diz Betinho: “A fome é exclusão. Da terra, do emprego, do salário, da educação, da economia, da vida e da cidadania. Quando uma pessoa chega a não ter o que comer é porque tudo o mais já lhe foi negado. É uma espécie de degredo moderno ou de exílio”.
Quando convocou o nosso povo para a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, Betinho não queria um efêmero entusiasmo solidário, mas que, a partir de gestos pessoais ou comunitários, nos comitês e em todas as iniciativas as pessoas ajudassem a alimentar famintos e percebessem os problemas sociais. 
Betinho alimentou também a nossa consciência.
Texto publicado na Folhinha do Sagrado de 2004


Poder do cidadão
Por Herbet de Souza

A fome é a realidade, o efeito e o sintoma da ausência de cidadania.

Não é por acaso que a palavra cidadania está sendo cada vez mais falada e praticada na sociedade brasileira. Uma boa onda democrática que vem rolando mundo afora chegou ao Brasil há algum tempo e tem nos ajudado a descobrir como dar conta do que acontece na vida pública.

Cidadania é a consciência de direitos democráticos, é a prática de quem está ajudando a construir os valores e as práticas democráticas. No Brasil, cidadania é fundamentalmente a luta contra a exclusão social, contra a miséria, e mobilização concreta pela mudança do cotidiano e das estruturas que beneficiam uns e ignoram milhões de outros. E querer mudar a realidade a partir da ação com os outros, da elaboração de propostas, da crítica, da solidariedade e da indignação com o que ocorre entre nós.

Um cidadão não pode dormir com um sol deste: milhares de crianças trabalhando em condições de escravidão, trabalhadores sobrevivendo com suas famílias num quadro de miséria e de fome, a exploração da mulher, a descriminação do negro, uma elite rica esbanjando indiferença num mundo de festas e desperdícios escandalosos, de banqueiros metendo a mão no dinheiro do depositante, da polícia batendo em preto e pobre.

A fome é a realidade, o efeito e o sintoma da ausência de cidadania. O ponto de partida e de chegada das ações cidadãs. A negação radical da miséria é um postulado de mudança radical de todas as relações e processos que geram a miséria. É passar a limpo a história, a sociedade, o Estado e a economia. Não estamos falando de coisas abstratas, de boas intenções ou desejos humanitários de alguns.

Cidadania é, portanto, a condição da democracia. O poder democrático é aquele que tem gestão, controle, mas não tem domínio nem subordinação, não tem superioridade nem inferioridade. Uma sociedade democrática é uma relação entre cidadãos e cidadãs. É aquela que se constrói da sociedade para o Estado, de baixo para cima, que estimula e se fundamenta na autonomia, independência, diversidade de pontos de vista e sobretudo na ética - conjunto de valores ligados à defesa da vida e ao modo como as pessoas se relacionam, respeitando as diferenças, mas defendendo a igualdade de acesso aos bens coletivos.

O cidadão é o individuo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade. Um cidadão com sentido ético forte e consciência de cidadania não abre mão desse poder de participação.


Betinho produziu diversos artigos, entre eles está o texto Pode de cidadão, que apesar de ter sido escrito há mais de uma  década, continua bastante atual.
Este texto está no Cadeno do Aluno, 8ª série / 9º ano, volume 2 e é um execelente material de estudo, pois trata de um tema de interesse social e que infelizmente ainda é realidade para milhares de brasileiros.


Observe abaixo as questões trabalhadas em sala de aula:

1. O texto do sociólogo brasileiro Herbert de Souza, o Betinho, poder ser considerado argumentativo? Por quê?
Porque expõe um problema social (a fome) e faz uma explanação sobre as razões para a existência desse problema, argumentando que ela é resultado da ausência de cidadania.

2. Qual é o tema central desse texto?
As relações entre fome e cidadania.

3. Qual é o ponto de vista defendido pelo autor?
Para o autor, a fome no Brasil é o efeito direto da ausência de cidadania, que por sua vez significa a consciência dos direitos democráticos e é responsável pela construção de valores e práticas democráticas.

4. Selecione alguns argumentos utilizados pelo autos para defender esse ponto de vista.
O autor diz que um cidadão não pode dormir “com milhares de crianças trabalhando em condições de escravidão, trabalhadores sobrevivendo com suas famílias num quadro de miséria e de fome, a exploração da mulher, a discriminação do negro, uma elite rica esbanjando indiferença num mundo de festas e desperdícios escandalosos, de banqueiros metendo a mão no dinheiro do depositante, da polícia batendo em preto e pobre”. No entanto, é possível inferir que, se há falta de cidadania, brasileiros dormem e não lutam para extinguir a miserabilidade de milhões de brasileiros. Nesse sentido, a fome e todos os outros problemas apontados pelo autor só existem porque não existe a cidadania.

5. Você concorda com os argumentos apresentados por Herbert de Souza?
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes considerem os argumentos apresentados pelo autor. É preciso que os alunos desenvolvam, a partir da leitura de textos como esse, um senso crítico sobre as razões que levam tantos brasileiros viverem na linha da pobreza.

6. O autor do texto faleceu em 1997. Em sua obra, os temas cidadania e combate à pobreza são constantes. Em sua opinião, esses temas ainda são atuais para a realidade brasileira? Justifique sua resposta.
Espera-se que os estudantes digam que sim, uma vez que existem no Brasil milhões de pessoas vivendo na linha da pobreza e da exclusão.



Ação da Cidadania contra a Fome, a
Miséria e pela Vida

"Democracia e miséria são incompatíveis", escreveu em 1993 o sociólogo Herbert de Souza, o "Betinho", a partir do Movimento pela Ética na Política, lançando a Ação da Cidadania como um dos mais criativos, inovadores e importantes movimentos sociais do Brasil.
Entre os seus objetivos encontram-se o fomento da mobilização de todos os segmentos da sociedade brasileira na busca de soluções para as questões da fome e da miséria, visando realizar o sonho de um país sem fome, sem miséria, onde todos tenham direitos de cidadania, onde a justiça seja mais do que uma palavra e que a integração social seja mais fato do que discurso. Desde 1993, a Ação da Cidadania visa estimular a participação cidadã na construção e melhoria das políticas públicas sociais. Para esse fim, é essencial a co-responsabilização da sociedade na luta.
O movimento atua através de comitês locais: cidadãos solidários que se mobilizam para por todo a nação. Todos os estados brasileiros têm comitês regionais da Ação da Cidadania e promovem ações conjuntas integradas pela coordenação nacional, com sede no Rio de Janeiro. Os comitês locais atuam junto às famílias, promovendo ações assistenciais e de mobilização das comunidades na luta pela conquista dos direitos sociais. Formados por voluntários, os comitês promovem, individualmente e por iniciativas próprias, projetos nas mais diversas áreas, como a doação de alimentos, a geração de emprego e renda, educação, creches, esporte e lazer, arte e cultura, saúde, assistência à população de rua e outras.
Dentre essas atividades conjuntas podemos citar a realização da Campanha Natal sem Fome, que entre 1993 e 2005 arrecadou mais e 30 mil toneladas de alimentos, doando-as para mais de 15 milhões de pessoas pobres, para denunciar a falta de políticas públicas efetivas de combate à fome. Desde 2006, a Ação da Cidadania mudou o seu paradigma: tendo o Programa Bolsa Família recursos para as 11,2 milhões de famílias pobres, mas sendo que 24% dos recursos destes são desviados, os comitês passaram a identificar as famílias que tem direito à renda mínima e nada recebem, através do programa "Cidadania em Ação". Em menos de um ano foram capacitados mais de 700 comitês, na Oficina de Agentes Locais de Cidadania, os quais visitaram 15 mil famílias, sendo que destas, 13 mil tem direito. Através da mobilização popular, em articulação com prefeituras municipais, já foram cadastradas mais de 2.500 famílias no estado do Rio de Janeiro, até setembro de 2007.
Todos os estados participam da Campanha e organizam suas atividades, definidas em fórum nacional, em seus estados. Os fóruns de debate da Ação da Cidadania são realizados periodicamente visando a formulação de diretrizes e o planejamento das ações da entidade. Nesses fóruns reúnem-se personalidades da sociedade civil, líderes comunitários, coordenadores da Ação da Cidadania dos estados, representantes de movimentos sociais, ONGs, universidades e do poder público.
Além disso, desde 2006 a campanha "Natal sem Fome dos Sonhos" passou a arrecadar brinquedos e livros: (1º) para denunciar as violações dos direitos sociais de lazer e educação de crianças e adolescentes; e (2º) anunciar o acesso aos livros dentro das comunidades através do programa "Espaço de Leitura", que vai criar mais de 1.000 bibliotecas móveis no estado do Rio de Janeiro e outras 1.000 pelo Brasil. Com a inauguração do Centro Cultural da Ação da Cidadania, no bairro da Saúde (Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro), em maio de 2007, a solidariedade consciente ganhou mais um espaço onde o povo começa a mudar o mundo pela cultura e a cultura continua mudando nossas vidas pela cidadania.
A Ação da Cidadania continua acreditando que "só a participação cidadã é capaz de mudar esse país" (Betinho) e que "a comida alimenta, mas só a educação e a cultura transformam e libertam" (Maurício Andrade), porque se em 1993 existiam 32 milhões de miseráveis e nos unimos para lutar contra a desigualdade, em 2007 existem 32 milhões de analfabetos funcionais e precisamos nos (re)unir para lutar por uma nova igualdade.
Que as sombras de nossos líderes nos permitam enxergar mais longe, pois estamos olhando o mundo sobre os ombros de gigantes. Em 01 de julho de 1994 quando da criação do Plano Real pelo presidente Itamar Franco o movimento liderado pelo sociólogo Betinho recebera um volume de dinheiro doado pelo governo Federal de contas que tinham valores em Cruzeiros Reais inferiores a CR$ 27,50 aonde este montante convertido em Real foi leoninamente doado ao movimento sem autorização dos correntistas.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

“Amizade e amor entre adolescentes”


O Caderno do Aluno da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, traz para os alunos do 9º ano, uma coletânea de textos que tratam das Atitudes que os pais devem adotar no tema das relações entre moças e rapazes adolescentes, In Educar para a amizade, de Gerardo Castilho, Ed. Quadrante, São Paulo, 1999. p. 200-204; da Insegurança na adolescência, In A adolescência, de Contardo Calligaris, Ed. Publifolha, São Paulo, 2000, p. 24-25 e  do Início de um amor platônico no adolescente, In Lis no peito: um livro que pede perdão, de Jorge Miguel Marinho, Ed. Biruta, São Paulo, 2005, p. 49-51, onde propõe aos professores que os textos sejam trabalhados com os alunos em forma de questionamentos, fazendo-os refletir sobre a insegurança na adolescência, o amor e o relacionamento entre eles e seus pais, na questão do namoro na adolescência.
Os alunos gostaram muito da coletânea de textos, pois se trata da realidade pela qual estão vivenciando, e foi muito importante devido ao tema ser bem polêmico.
Durante o desenvolvimento das atividades, os alunos colocaram seus depoimentos pessoais sobre a sua situação de adolescente e o conflito com sua família, principalmente em relação ao início da sexualidade e a forma como o escritor explorou o tema despertou o interesse da maioria.
Fiquei bastante satisfeito com a receptividade dos alunos em relação ao tema, mas pude perceber que ainda falta muita orientação e os jovens acabam se sentindo perdidos e é nessa hora que entra o papel do educador para fazê-los entender essa fase tão complicada da vida.
Depois da leitura dos textos, propus a escrita de uma carta a um dos autores dos textos lidos, falando sobre as experiências em sua atual fase de vida e explicando seu ponto de vista sobre o que é ser adolescente.
Abaixo, segue transcritas algumas das cartas produzidas pelos alunos do 9º ano da E. E. Jardim Santa Maria III – da Cidade de Osasco.

"Osasco, 14 de maio de 2012.
Olá Contardo Calligaris
Meu nom é Jaque, tenho 14 anos e vivo na fase da adolescência. Para nós essa fase é muito complicada, sentimos amor, desprezo, alegria, tristeza, são vários sentimentos misturados, mudamos de humor rapidamente, é uma fase de muita alegria e tensão ao mesmo tempo.
Gostei muito de seu texto "insegurança", porque nele fala sobre um amor que está "acabando", ou pelo menos imaginamos isso. Os pais, lógico, continuam dando o mesmo amor, mas é um pouco diferente, pois estamos em fase de amadurecimento para a fase adulta e eles querem nos ver preparados oara enfrentar vários desafios sem eles estarem por perto para nos proteger.
Amei o texto e espero que você continue publicando ótimos textos como este."
Obrigada.
Jaque

Prezado Sr. Gerardo Castilho,
“Sou aluno do 9ª ano do Ensino Fundamental e estudo na E. E. Jardim Santa Maria III na Cidade de Osasco – SP.
Venho por meio desta carta falar sobre a adolescência e alguns assuntos que deixam um ponto de interrogação na cabeça.
A adolescência é uma fase muito difícil porque os adolescentes querem namorar, querem sair para se divertir e muitas das vezes os pais os proíbem.
E nesse mundo de hoje a maioria dos homens não querem assumir nada sério com nenhuma mulher, só querem sexo e nada mais. Já não se vê mais aquele namoro como de antigamente, que o namorado levava uma flor para a namorada. Não se vê mais àquele romance todo de antes.
Hoje em dia não existe mais amor, está difícil achar pessoas sinceras, as pessoas brincam com os sentimentos sem pensar que podem machucar o outro.
Assim, agradeço a oportunidade de poder me expressar.”
Bruninho


Prezado escritor Gerardo Castilho,
“Sou bela, aluna da 8ª série do Ensino Fundamental e estudo na Escola Estadual Jardim Santa Maria III na cidade de Osasco – SP.
Meu professor de Português passou um trecho do seu livro “Atitudes que os pais devem adotar no tema das relações entre moças e rapazes adolescentes” e achei muito interessante, pois é um dos problemas que os pais têm com os filhos no cotidiano familiar.
Eu sendo adolescente, sofro muito com isso. Meus pais não gostam da minha intimidade com os amigos do sexo masculino.
Seu texto trata de um assunto importante, como na parte em que você menciona “o relacionamento nos grupos mistos fomenta o desenvolvimento da virilidade e da feminilidade e ajuda a conhecer as pessoas do outro sexo”.
Em minha opinião, os adolescentes têm que se comunicar, se entrosar, ter amigos, seja do mesmo sexo ou do sexo oposto, desde que seja de maneira ajuizada.
Sei também que os pais têm medo desse relacionamento entre jovens, a intimidade vai crescendo e isso pode ser um grande desastre, provocando algo mais e até mesmo sexo e é nesse momento em que a menina pode engravidar e causar preocupações para seus pais.
Os pais ficam sem saber o que fazer, será que trancar o filho dentro de casa resolverá o problema? Acho que não. O jeito é orientar os filhos e se conscientizar que essa fase é passageira e só o diálogo para gerar confiança entre pais e filhos.
Parabéns!
Um abraço!
Bela

* Os nomes foram trocados para preservar a identidade dos alunos.

sábado, 5 de maio de 2012

Expor e argumentar:

Semelhanças e diferenças

A principal diferença entre a tipologia expositiva e a argumentativa é facilmente deduzida: a primeira expõe; a segunda argumenta. Cabem, porém, algumas considerações a mais sobre essa distinção:
Tipologia expositiva
É a modalidade textual adequada para tratar de informações tidas como verdades inquestionáveis e tem o objetivo de informar o leitor sobre o máximo de aspectos relevantes ligados ao tema.
Um trabalho escolar sobre o "Acordo Ortográfico", por exemplo, será uma dissertação expositiva se tiver como objetivo expor várias informações sobre o acordo, como os aspectos legais, as principais mudanças ocorridas na língua, os países afetados por essa reforma. Nesse caso, o aluno fará uma pesquisa séria, em fontes seguras e reconhecidas, como livros e revistas científicas. Anotará os dados principais e escreverá um texto organizado numa sequência lógica, em linguagem objetiva, partilhando com o leitor o seu conhecimento sobre o tema.
Quando houver itens polêmicos nesse tipo de trabalho, caberá ao aluno mostrar os dois (ou mais) lados divergentes, evitando revelar seu posicionamento, uma vez que a proposta é expor o máximo de aspectos relevantes que encontrou.
Tipologia argumentativa
Vai além da exposição organizada das informações. Nela o autor apresenta sua visão crítica do tema, ou seja, vê o assunto como algo polêmico, que gera diferentes versões sobre a "verdade" dos fatos.

Se o tema do trabalho sobre o Acordo Ortográfico fosse uma pergunta, como "O Acordo Ortográfico é essencial para o Brasil?", teríamos uma polêmica e, para desenvolvê-lo, precisaríamos escolher um lado, uma tese (sempre sujeita à discordância do leitor), fazendo uma dissertação argumentativa. Poderíamos usar os dados sobre o Acordo Ortográfico citados na dissertação expositiva (aspectos legais, as principais mudanças ocorridas na língua, os países afetados por essa reforma), mas agora enfatizando os pontos que ajudassem na defesa da nossa tese, descartando ou minimizando o peso das informações que não ajudassem nesse propósito.

Só existe argumentação porque há a possibilidade de discordância, assim há alguém para ser convencido, justificando o trabalho de uma argumentação para defender de modo convincente um determinado ponto de vista. Não há imparcialidade na dissertação argumentativa, assim o aluno que não se posiciona, que fica "em cima do muro", seja por insegurança ou por medo de desagradar a banca, comete um grave erro.

Nessa modalidade de dissertação, a maior parte do conteúdo deve destinar-se à apresentação de argumentos favoráveis à tese defendida e só é possível mostrar argumentos contrários se estes forem seguidos de contra-argumentos mais fortes, capazes de derrubar a oposição.

Vale lembrar que é possível usar trechos expositivos na dissertação argumentativa, mas é essencial que o aluno saiba qual é o propósito da sua redação: apenas expor fatos (dissertação expositiva) ou defender um ponto de vista (dissertação argumentativa), pois isso delimitará o que será ou não adequado àquele texto.